Desenvolvimento X Crescimento
16/10/2017
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Nesta aula, a professora nos deixou livres para expormos o que sabíamos sobre desenvolvimento e crescimento. Ao final das nossas definições, ficou compreendido por mim que, ao contrário do crescimento, o desenvolvimento não visa apenas a parte numérica dos dados, mas sim o que está acontecendo ali por trás daqueles números, que não somente a renda é importante, mas também a educação, saúde, moradia e outros serviços e setores sociais precisam ser levados em conta. Foi discutido, também, a relação entre desenvolvimento e educação, para isso, usamos como autor referência, o professor Ladislau Dowbor, importante economista brasileiro. Após a leitura do texto "Educação e Desenvolvimento Local", pude entender que, para uma determinada comunidade se tornar desenvolvida, ela não precisa esperar mudanças externas, mas sim procurar explorar as riquezas oriundas daquele local, como aquilo ajudaria a desenvolver e, para isso, a educação (escolas, universidade...) desempenhariam papeis importantíssimos na descoberta desse potencial de desenvolvimento, desta forma, a população se apropriaria destes conhecimentos e os praticavam em prol da melhoria local. Foi muito produtiva a aula. Apesar de não conhecer a maioria dos colegas de classe, pude perceber que eu estava em uma turma competente e empenhada, fatores que só contribuem para o enriquecimento das aulas.
Algumas referências que tratam sobre o tema em questão foram disponibilizadas pela professora, referências estas importantíssimas para quem busca entender como se dá o processo do desenvolvimento social. Seguem abaixo alguns links importantes sobre a temática:
A região Nordeste: avanços e perspectivas.
23/10/2017
A região Nordeste do Brasil, por muito tempo, foi a mola propulsora para o desenvolvimento nacional. Hoje, porém, a mesma encontra-se à margem do desenvolvimento quando comparada com as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Para esta aula, a professora "trouxe" uma convida especial, Tânia Bacelar, importante economista brasileira que retrata em sua obra "Nordeste: desenvolvimento e perspectiva", como esta região pode voltar a aquecer as turbinas do desenvolvimento nacional e, acima de tudo, o regional. Não se pode negar que o Nordeste, nos últimos anos, foi palco de diversos investimentos em políticas públicas, como habitação e renda, políticas estas que ajudaram a aumentar em 1% a participação do Nordeste no PIB brasileiro, muito irônico isso, mas, infelizmente, é a realidade. O potencial do Nordeste, muitas vezes, deixa de ser explorado por conta do não conhecimento deste potencial. Para que esta vertente negativa deixe de ser tão marcante, precisa-se investir em educação, para formar e informar as pessoas como conseguir desenvolver sua região, seu local, aproveitando as peculiaridades e fazendo do problema uma solução. Como diria Euclides da Cunha em sua célebre obra Os Sertões : "... o nordestino é, antes de tudo, um forte", uma vez que, em meio tantas dificuldades, esse povo não se acomoda e está sempre em busca de melhorias.
Aguçando a curiosidade:
Palestra Tânia Bacelar "Perspectivas do Desenvolvimento Regional Brasileiro"
Mito ou verdade?
30/10/2017
Antes de mais nada, gostaria de levantar 3 questões importantíssimas com vocês, caríssimos leitores deste blog. Vocês não precisam responder nos comentários, apenas reflitam que, até o final deste post, vocês terão uma opinião concreta.
1º. Um país em desenvolvimento, conseguirá ser desenvolvido?
2º. O padrão de desenvolvimento de país de "primeiro mundo", pode servir como modelo para os países subdesenvolvidos, haja vista que funcionou com os desenvolvidos?
3º. A tecnologia conseguirá, com tantos avanços, reverter o quadro atual de destruição do meio ambiente?
Para ajudar a entender o porquê destes questionamentos, trago para este post, Celso Furtado, outro grande economista brasileiro. Furtado nos mostra como a falsa ideia de progresso disseminada pela burguesia industrial, não é cabível em todos os contextos socioeconômicos. Se um país, como o Brasil, tentar progredir de "em desenvolvimento" para "desenvolvido", seguindo os moldes Norte-americanos, nós vamos ficar aqui, onde estamos, parados no subdesenvolvimento. Cada país tem sua locomotiva interna rumo ao progresso, cabe este se apropriar desta máquina e abastecê-la com o combustível correto. Entretanto, esperar que a globalização nivele estes progressos internos, seria necessário o mesmo tempo, senão mais, gasto para uma única pessoa contar todos os grãos de areia do planeta. Logo, a globalização que prometeu tanto uma interação igualitária entre as nações, só fez acentuar a disparidade existente entre as mesmas. Outro grande mito espalhado por aí é de que a tecnologia é ferramenta resolutiva de todos os problemas, inclusive os de ordem natural causados por estas mesmas tecnologias. Meio confuso, não é mesmo? Não há muita lógica em resolver um problema criando outro. Mas é essa a ideia dos que veem uma solução em todos os processos tecnológicos desenvolvidos pelo homem. Claro que as diversas inovações trazidas com o avanço tecnológico não são de todo mal. Elas facilitam e muito nossas tarefas do dia-a-dia, além de outras mais complexas, mas, para que isso aconteça, em alguma parte do mundo, o meio ambiente está sendo mal tratado.
Nesta aula, a professora Regina estimulou a discussão de temas como o consumismo e seus impactos ambientais, a cultura capitalista do descarte, entre outros como os que já foram supracitados. Nesta aula fizemos a divisão dos grupos e dos temas para apresentação do trabalho final, além de programar uma apresentação sobre o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) para a próxima aula.
Aguçando a curiosidade sobre o tema:
Pensando com Celso Furtado
Documentário "No rio e no mar"
IDHM, vale a pena entender.
06/11/2017
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, IDHM, é uma importante ferramenta para observação aprofundada da realidade local. Com estes dados, podemos fazer comparações do tipo: como determinado município se desenvolveu durantes os anos, qual o motivo para determinada taxa está crescendo enquanto outra diminui, dentre outras. A professora distribuiu para os alunos diversas cidades do estado da Bahia, cada estudante ficou responsável por uma cidade. A minha foi Cachoeira, cidade situada na microrregião de Santo Antônio de Jesus e na mesorregião metropolitana de Salvador. Cachoeira teve seu ápice desenvolvimentista no século XVII e XIX, quando as exportação de açúcar e fumo estavam em alta, produtos que até hoje fazem parte da economia local, mesmo que seja de forma menos fervorosa como fora no passado. Pude observar que Cachoeira segue a lógica brasileira no quesito educação e perfil demográfico, no primeiro, é visto que há um grande número de jovens que entram no Ensino Fundamental e poucos que saem formados no Ensino Médio, no demográfico observa-se a inversão da pirâmide etária, ocasionada pelo estreitamento da base e alargamento do topo. Está inserido logo abaixo, a apresentação feita por mim sobre o município em questão, que comprova o que foi falado:
Palestra: Desenvolvimento, gestão e governança regional.
07/11/2017
A discussão em torno da formação de uma região metropolitana do sul da Bahia. O coordenador executivo da AMURC – Associação dos Municípios da Região Cacaueira, Luciano Veiga, apresentou o projeto à comunidade acadêmica da UFSB, evidenciando a importância de se implantar uma região metropolitana, como tal medida daria um "up grade" no desenvolvimento regional e as diversas melhorias em quesitos de infraestrutura como o saneamento básico, por exemplo. A palestra foi bastante esclarecedora, uma vez que me ajudou a entender como se dava esse processo de formação, pois não basta só decidir e fazer, há uma série de normas e preocupações, como a preocupação do desenvolvimento sustentável e qualidade de vida dos moradores das cidades que estariam inseridas neste contexto. Foi uma palestra bem dinâmica com espaços para interação do público com o palestrante, várias pessoas de outras cidades, cidades estas que fazem parte do projeto, esclareceram suas dúvidas e mostraram, na prática, como se dá o processo de pertencimento a um local, preocupados e curiosos em saber como será a vida deles e de seus conterrâneos após as mudanças propostas.
Sobre o tema:
Um olhar sobre as regiões metropolitanas (PNDU)
É hora de apresentar!
13/11/2017
Vamos apresentar? Após a divisão dos temas com base no texto do Baiardi "Desenvolvimento do Sul e Baixo Sul da Bahia", a professora Regina propôs para esta aula um seminário com o tema definido pela divisão anteriormente citada. Meu grupo, composto por mim, Flávio Santos e Denise Rios, ficou responsável por apresentar a parte que cita as possibilidades para um desenvolvimento alternativo da região. Baiardi propõem em seu texto um desfoque no cacau no que diz respeito ao manejo tradicional. É preciso buscar novas técnicas para que não haja uma dependência dos métodos tradicionais de cultivo, além disso, ele diz que outras alternativas precisam ser tomadas e, algumas que já foram seguidas, precisam ser aprimoradas, como a do turismo, por exemplo, que surgiu com a queda da produtividade do cacau, com a praga Vassoura de Bruxa, esta atividade precisa passar por um processo de qualificação. O atual turismo da região sul da Bahia, é um "turismo de massas" como diz o próprio Baiardi, este turismo não traz muitos lucros a região e, além disso, promove a degradação ambiental e uma visão limitada do que, de fato, é a terra do nosso querido e Amado Jorge. O autor cita inúmeras outras saídas que tem como finalidade diversificar a economia regional. Além da questão econômica, Baiardi cita melhorias na infraestrutura, como a duplicação da rodovia que liga Itabuna a Ilhéus. Foi um dia repleto de apresentações, no final, estavam quase todos cansados, mas também cheios de conhecimentos sobre a história e economia das terras do Sul e Baixo Sul da Bahia.
Para quem se interessar, está anexado logo abaixo um link para a leitura do texto do Baiardi citado anteriormente:
Registros da nossa apresentação:
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